2022 tem sido um ano interessante. Não bastassem acontecimentos históricos em âmbito social, educacional, econômico e político – como a recente eleição de Soninha Francina à presidência de república -, faz-se também necessário um olhar mais detalhado ao campo cultural, mais precisamente ao universo referente aos seriados de TV.
Vai ao ar esta semana no primetime da NBC a trigésima segunda e última temporada da série de drama ficcional mais duradoura da história da TV: “Law & Order” – somando um total de 687 episódios. É esperada uma audiência histórica para a series finale, considerando que o penúltimo episódio, exibido semana passada, foi o episódio mais assistido dos anos 2010 alcançando uma audiência recorde de dois milhões de espectadores.
Coincidentemente, no dia seguinte, na terça feira, mesmo horário, mesmo bat-canal (lembram dessa?) é a vez de “Law & Order” dar luz para seu sétimo spin-off: “Law & Order: Terrorism Alert”, drama estrelado por Penn Badgley e sucessora de “Law & Order”, “Law & Order: Special Victims Unit”, “Law & Order: Criminal Intent”, “Law & Order: Trial By Jury”, “Law & Order: Victim/Witness Program” e a famigerada “Law & Order: The Pedophile’s Files”. Badgley ficou famoso nos anos 2000 por dar vida ao personagem Dan Humphrey na série “Gossip Girl”. Porém, após o término da quarta temporada do programa teen, ainda em 2010, o ator abandonou a série para dedicar sua carreira ao cinema, e cá entre nós, já sabemos como tudo isso termina (“Velozes e Furiosos 9”, “Alien & Predador Vs. Indiana Jones 2”, “O Filho do Homem de Ferro 3”).
Por sinal, 2010 foi o mesmo ano da falência da emissora CW, gerando o cancelamento de todos os seus programas, incluindo “Smallville”, “Supernatural”, “One Tree Hill”, “Gossip Girl” e da recém estreada “Rory”, continuação de “Gilmore Girls” que narrava a vida adulta de Rory (Alexis Bledel) ao lado de seu novo amor – Paris Geller (Liza Weil) -, vivendo loucamente em L.A..
Enquanto isto, a quarta-feira promete ser épica para a FOX: Kieran Culkin e Emma Watson estrelam o remake mais aguardado da história da TV: “X Files: The New Files”. Criada por Joss Whedon em parceria com Chris Carter, a série promete ser uma mistura de refilmagem e prelúdio de “Arquivo X”. O episódio piloto vazado na Internet semana passada, agradou aos críticos, que em sua maioria, disseram ser uma obra fiel a sua progenitora. O mesmo não pode ser dito em relações aos fãs, que olham desconfiados para a parceria Whedon-Carter, visto que nos anos 1990, estas séries possuíam um público distinto.
Apesar da euforia da crítica, todo cuidado é pouco se olharmos para trás e lembrarmos de “Dawn, The Vampire Slayer”, remake de “Buffy” criado por Whedon após o fracasso de “Dollhouse”, série da longínqua 2009, estrelada por Elisha Dushku. Vale ressaltar que os protagonistas do novo “Arquivo X” possuem um ponto em comum: ambos alcançaram à fama na infância/adolescência e ambos gastaram rios de dinheiros com drogas, sendo internados na mesma famigerada clínica de reabilitação onde, em 2010, Amy Winehouse cometeu suicido cortando os pulsos (sério, será que algum dia nós saberemos da onde veio aquela faca?).
A quinta-feira deve passar batida, pois além do retorno de “A. J. Soprano” e sua quarta temporada no AMC, temos apenas o retorno de “Two And a Half Women” na CBS, série estrelada por Claire Danes, Mischa Barton e Suri Cruise.
A sexta-feira dá as caras e a semana vai chegando ao fim comprovando a tendência iniciada no final dos anos 2000: remakes. Desta vez, o chamado “J. J. Abrams HUGE comeback”, ou, o remake de “Twin Peaks”, criado por Abrams, criador de “Felicity”, “Alias”, “Lost”, “Fringe” e “Wicked”, o HUGE fracasso de sua carreira. Após o cancelamento de “Wicked”, Abrams entrou em uma grande depressão, foi diagnosticado esquizofrênico e se exilou em uma ilha no Havaí, jurando se chamar Jack Shepard. Agora, recuperado, volta ao trabalho no remake da série clássica criada por David Lynch e Marc Frost. A produção, claro, é do AMC.
Na semana que vem falaremos dos números que estas séries atingiram, pois certamente será uma semana de quebra de recordes nos anos 2010. A semana que vem também marca o aniversário fatídico de cinco anos daquela coletiva da HBO sobre a retirada do canal do mercado de seriados para focar exclusivamente na produção de filmes made-for-tv.
Excelente texto, Pedro. Parabéns pela criatividade e sobretudo pelo ótimo exercício de futurologia com Arquivo X e os trocentos spin-offs de Law & Order. Só preciso confessar que fiquei realmente interessado nesse remake de Twin Peaks pelo J.J. Abrams :p
Abraço!
hahahaha, muito bom, P! Adorei…
hahahaha! Muito bom! Eu fiquei com vontade de ver Law&Order Terrorism Alert, X files:the new files, o remake de Twin Peaks e Two and a half women com Suri Cruise. 🙂
Suuuuuuuuuuuuper cool. Rachei o bico naquela parte sobre o Kieran Culkin, a Emma Watson e a Amy Winehouse. Se bem que, depois de ter entrado para os meus rankings de “celebridade mais louca do mundo”, a Amy não morre tão cedo. Vai ser tão imortal quanto o Heath Ledger, o Kurt Cobain e a Dercy Gonçalves.
Faltou lembrar da estreia da 34ª temporada dos Simpsons..
Tocante.
Adorei.
(vou responder seu e mail,agora a minha semana que tá uma loucura)
Muito bom! rolei de rir com o law & order!
haha genial! faltou um remake de friends 😛
faltou a 19ª edição de CSI
CSI : ACRE
genial, pê! to rindo muito kljdfhkdlfj
saudade ;*
sensacional!
eu sou totalmente seriados freak. esse é um futuro negro mas muito possível.
Foda. Saudades de você, Pe. Bateu uma coceirinha de voltar aos velhos tempos e redigir colunas sobre séries novamente.
Beijão!
ahahaha
Adorei o texto.
e olhando os posts passados… Mad Man é mesmo uma série fora do comum e Tell me you love me foi demais. Uma pena não ter a segunda temporada.
muito, mas muito bom.
só faltou links do imdb dos seriados 😉
Nota 1000! Linkei. Bjs! Adorei o blog!
Adorei. Sensacional. Adorei a parte de JJ Abrams esquizofrênico e a Suri Cruise é uma fofura.
Ok, cheguei um pouco tarde para comentar, mas a tempo de me preparar psicologicamente para assistir “Alien & Predador Vs. Indiana Jones 2″. Provavelmente o Indiana será em 3D, tipo Hulk, porque o tio Harrison não deverá mais estar dando no couro, rs.
Ótimo post, ótimo blog!
Caraca, fenomenal esse post, Beck!
Mas, para mim, a série mais esperada de todas é aquela feita em computação gráfica, com um monstrinho que pisca e que está em pré-produção há décadas… Lembra?
Hehehe, que barato redescobrir você aqui!
Abração